quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Contratos e as suas diferenças

Aqui vai um post sobre algumas das diferenças nos contratos de trabalho entre Portugal e a Suiça.

Na Suiça não há indemnizações, existe sim um mínimo de 3 dias de pré-aviso. Normal são 7 dias até um máximo de 3 meses, dependendo do contrato feito. Este aspecto mobiliza bastante o mercado de trabalho. Tal não acontece em Portugal onde incompetentes mantêm-se nos quadros não sendo despedidos para não dar uma despesa adicional à empresa!

O salário anual é dividido por 12 meses e não em 13 ou em 14 com os subsídios de férias e de Natal como acontece em Portugal.

As horas extras são proibidas, apenas quando pedidas pelo patrão e podem ser pagas em dias de repouso em datas atribuídas pela empresa. Se o trabalhador não cumpre a sua função no tempo estipulado não está a esforçar-se o suficiente ou simplesmente não se adapta ao trabalho.

Os horários nocturnos de trabalho entre as 22 horas e as 05h00 com um acréscimo de 10% a 25% ao salário.

Não há IRS fictícios, como acontece em 99% dos casos em Portugal. Para o visto de residência L e B, os descontos são feitos directamente no final do mês, o que for creditado na conta bancária é o salário liquido já com os descontos e impostos.

Temos 8 feriados por ano, dependendo do cantão em que reside, nos quais em caso de ser necessário poderei trabalhar sem receber qualquer contrapartida.

As pausas não são pagas e temos direito a 30 minutos para almoçar. Quem quiser conversar e fazer pausas de meia hora para o café já sabe o que o espera.

Os contratos são negociados, uma pessoa pode desempenhar a mesma função que colega e receber menos 10%, por exemplo.

Vive-se imenso para a sua carreira e para o trabalho. É usual ver-se trabalhadores fora de horas no comboio, autocarro e metro. Há um fluxo enorme de trabalhadores a horas ditas "normais" mas também fora de horas. Em Portugal a grande maioria está habituada apenas das 9h00 às 18h00 e até recusa trabalhar longe de casa e com 3 turnos de 8 horas.

Somos responsabilizados pelo contrato que assinamos, é usual terem 7 página de obrigações e deveres ao invés da constante exigência de direitos como se vê em Portugal.

Se trabalhar a 140 quilómetros de casa e recebo o mesmo salário que um colega que trabalhe a 2. E isto não é negociável.

Todos os dias formam um novo desafio, nada de ficarmos acomodados à função ou ao trabalho, passar um período de experiência e depois abrandar o ritmo. O ritmo e a pressão é constante, quem não tiver pedalada para fazer mais e melhor cai fora e volta para a fila do desemprego.

Uma economia para ser forte tem que dar o exemplo. Afinal de contas, outra coisa não seria de esperar, a Suiça é o país de trabalho mais competitivo e inovador do mundo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A dura realidade

A recente emigração portuguesa na Suiça retratada pelo jornalista Noé Monteiro da RTP.

Na Suíça há portugueses a passar fome e a dormir na rua

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mais férias? Claro que não!


Cartaz do Partido dos Liberais Radicais na Suiça sobre a iniciativa popular de aumentar as férias para 6 semanas ao ano. Um incentivo ao VOTO CONTRA!

Tal contradição seria possível em terras lusas? Pedir aos cidadãos para votar contra uma proposta de aumento do número de semanas de férias em prol do emprego e da competitividade das PME's?