Aqui vai um post sobre algumas das diferenças nos contratos de trabalho entre Portugal e a Suiça.
Na Suiça não há indemnizações, existe sim um mínimo de 3 dias de pré-aviso. Normal são 7 dias até um máximo de 3 meses, dependendo do contrato feito. Este aspecto mobiliza bastante o mercado de trabalho. Tal não acontece em Portugal onde incompetentes mantêm-se nos quadros não sendo despedidos para não dar uma despesa adicional à empresa!
O salário anual é dividido por 12 meses e não em 13 ou em 14 com os subsídios de férias e de Natal como acontece em Portugal.
As horas extras são proibidas, apenas quando pedidas pelo patrão e podem ser pagas em dias de repouso em datas atribuídas pela empresa. Se o trabalhador não cumpre a sua função no tempo estipulado não está a esforçar-se o suficiente ou simplesmente não se adapta ao trabalho.
Os horários nocturnos de trabalho entre as 22 horas e as 05h00 com um acréscimo de 10% a 25% ao salário.
Não há IRS fictícios, como acontece em 99% dos casos em Portugal. Para o visto de residência L e B, os descontos são feitos directamente no final do mês, o que for creditado na conta bancária é o salário liquido já com os descontos e impostos.
Temos 8 feriados por ano, dependendo do cantão em que reside, nos quais em caso de ser necessário poderei trabalhar sem receber qualquer contrapartida.
As pausas não são pagas e temos direito a 30 minutos para almoçar. Quem quiser conversar e fazer pausas de meia hora para o café já sabe o que o espera.
Os contratos são negociados, uma pessoa pode desempenhar a mesma função que colega e receber menos 10%, por exemplo.
Vive-se imenso para a sua carreira e para o trabalho. É usual ver-se trabalhadores fora de horas no comboio, autocarro e metro. Há um fluxo enorme de trabalhadores a horas ditas "normais" mas também fora de horas. Em Portugal a grande maioria está habituada apenas das 9h00 às 18h00 e até recusa trabalhar longe de casa e com 3 turnos de 8 horas.
Somos responsabilizados pelo contrato que assinamos, é usual terem 7 página de obrigações e deveres ao invés da constante exigência de direitos como se vê em Portugal.
Se trabalhar a 140 quilómetros de casa e recebo o mesmo salário que um colega que trabalhe a 2. E isto não é negociável.
Todos os dias formam um novo desafio, nada de ficarmos acomodados à função ou ao trabalho, passar um período de experiência e depois abrandar o ritmo. O ritmo e a pressão é constante, quem não tiver pedalada para fazer mais e melhor cai fora e volta para a fila do desemprego.
Uma economia para ser forte tem que dar o exemplo. Afinal de contas, outra coisa não seria de esperar, a Suiça é o país de trabalho mais competitivo e inovador do mundo.
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