Aqui de volta à escrita! :)
Aproveito para apresentar o projecto que me tem mantido ocupado neste último mês:
WWW.APOSTAGARANTIDA.COM
Agradeço desde já a quem der uma vista de olhos se registar e fizer publicidade :)
Quanto a novidades, o frio já se faz sentir em Lausanne! Menos 3 graus à noite e com previsão para um Inverno coberto de neve :)
Estou já à procura de equipamento de snowboard e a recordar-me semanalmente de aumentar as responsabilidades do meu seguro actual :)
Daqui a um mês faz 1 ano que cheguei à Suiça. Colocando tudo numa balança sentimos que valeu a pena apesar das dificuldades.
Sempre fui habituado a trabalhar e a enfrentar os obstáculos. Temos um bom nível de vida mas não esperava tamanha falta de oportunidades.
Em praticamente 1 ano não tive qualquer oportunidade, proposta ou sequer entrevista de emprego na minha área (Gestão e Marketing).
Quem por cá anda conta histórias bem diferentes a colegas, amigos e família em Portugal. Passam a ideia que tudo é facilitado, que se ganha muito bem e que as regras cumprem-se o que faz com que muita gente pense que a Suiça é o El Dorado e possível soluçâo a todos os seus problemas.
Pois é meus amigos mas tal não é inteiramente verdade. Pelos trabalhos temporários que tenho feito e por onde tenho passado tenho testemunhado como os emigrantes são explorados e deixam-se humilhar. Chega a ser desumano o que alguns aceitam fazer.
Os patrões emigrantes são os principais exploradores de trabalhadores. Numa conversa com um inspector de trabalho deu-me a conhecer que 90% dos casos que têm é de patrôes franceses, espanhóis, italianos, turcos e portugueses. Que está cansado desta situação e que deveriam de ir todos para a terra deles, referindo-se obviamente aos patrões vigaristas e não aos emigrantes legais que vieram para trabalhar.
No meu último trabalho tive patrões franceses e colegas de trabalho portugueses. Mas que bela combinação!
O contrato além de ter várias claúsulas abusivas, o patrão na semana passada pediu-me que assinasse um documento a abdicar dos 8 dias de pré-aviso a que tenho direito por contrato. Obviamente que recusei! Se encontrasse um outro trabalho teria que lhe dar os mesmos 8 dias de pré-aviso.
Ao verificarmos o contrato não tinha direito a férias, nem 13 mês, as horas extras eram pagas ao mesmo valor que as normais, as nocturnas também e até o salário era mais baixo do que o previsto na lei!
Estes franceses são uns arrogantes vigaristas. Continuam a pensar que apenas porque aqui se fala francês que estão em casa quando são tão emigrantes quanto os seus colaboradores de outras nacionalidades.
Como ninguém ainda o fez e por isso também se aproveitam, recordei-o de tal. Que vá para a terrinha dele porque aqui tem o mesmo permis que eu!
Infelizmente a imagem dos emigrantes portugueses não é a melhor. São vistos pelos patrões como pessoas trabalhadoras mas também como analfabetos e miseráveis que são capazes de tudo para desesperadamente pagarem os créditos que têm na sua terra.
Pensam que somos todos iguais! Quem se sujeitar a trabalhos, onde não é preciso um curso superior ou profissional terá sempre estes problemas.
Tudo nesta vida é questâo de timing mas também de oportunidade. Até podeis chegar e conseguir um trabalho em menos de uma semana mas o certo é que é preciso que alguém dê uma oportunidade.
Neste momento vejo os franceses (povo que tem a mania que é o melhor da Europa!) a concorrem igualmente a trabalhos não qualificados. Numa vaga para empregado de mesa num restaurante espanhol quem ficou com o trabalho foi um francês que viveu 2 anos no... Equador. LoLoLoL
Ainda no final da semana passada entrei num restaurante bem conhecido de Lausanne onde em 100 m2 trabalham 35 pessoas! Pelo plano de horário contei pelo menos 16 nacionalidades entre chineses, coreanos, portugues, espanhóis, sul-americanos, africanos e de leste!
O primeiro documento que me apresenta é o das regras da casa: tudo o que consumir pago, todas as multas de transito que levar pago, se bater com a viatura pago e mesmo multas por atrasos nas entregas ou na minha assuidade! Todo o bom exemplo vindo de um patrâo... árabe!! :D
Há 4 factores que julgo fundamentais: dominar o idioma, ter boas referências, ter uma autorização de residência e uma boa rede de contactos.
E claro muita força de vontade e uma pontinha de sorte!
Aproveito para apresentar o projecto que me tem mantido ocupado neste último mês:
Agradeço desde já a quem der uma vista de olhos se registar e fizer publicidade :)
Quanto a novidades, o frio já se faz sentir em Lausanne! Menos 3 graus à noite e com previsão para um Inverno coberto de neve :)
Estou já à procura de equipamento de snowboard e a recordar-me semanalmente de aumentar as responsabilidades do meu seguro actual :)
Daqui a um mês faz 1 ano que cheguei à Suiça. Colocando tudo numa balança sentimos que valeu a pena apesar das dificuldades.
Sempre fui habituado a trabalhar e a enfrentar os obstáculos. Temos um bom nível de vida mas não esperava tamanha falta de oportunidades.
Em praticamente 1 ano não tive qualquer oportunidade, proposta ou sequer entrevista de emprego na minha área (Gestão e Marketing).
Quem por cá anda conta histórias bem diferentes a colegas, amigos e família em Portugal. Passam a ideia que tudo é facilitado, que se ganha muito bem e que as regras cumprem-se o que faz com que muita gente pense que a Suiça é o El Dorado e possível soluçâo a todos os seus problemas.
Pois é meus amigos mas tal não é inteiramente verdade. Pelos trabalhos temporários que tenho feito e por onde tenho passado tenho testemunhado como os emigrantes são explorados e deixam-se humilhar. Chega a ser desumano o que alguns aceitam fazer.
Os patrões emigrantes são os principais exploradores de trabalhadores. Numa conversa com um inspector de trabalho deu-me a conhecer que 90% dos casos que têm é de patrôes franceses, espanhóis, italianos, turcos e portugueses. Que está cansado desta situação e que deveriam de ir todos para a terra deles, referindo-se obviamente aos patrões vigaristas e não aos emigrantes legais que vieram para trabalhar.
No meu último trabalho tive patrões franceses e colegas de trabalho portugueses. Mas que bela combinação!
O contrato além de ter várias claúsulas abusivas, o patrão na semana passada pediu-me que assinasse um documento a abdicar dos 8 dias de pré-aviso a que tenho direito por contrato. Obviamente que recusei! Se encontrasse um outro trabalho teria que lhe dar os mesmos 8 dias de pré-aviso.
Ao verificarmos o contrato não tinha direito a férias, nem 13 mês, as horas extras eram pagas ao mesmo valor que as normais, as nocturnas também e até o salário era mais baixo do que o previsto na lei!
Estes franceses são uns arrogantes vigaristas. Continuam a pensar que apenas porque aqui se fala francês que estão em casa quando são tão emigrantes quanto os seus colaboradores de outras nacionalidades.
Como ninguém ainda o fez e por isso também se aproveitam, recordei-o de tal. Que vá para a terrinha dele porque aqui tem o mesmo permis que eu!
Infelizmente a imagem dos emigrantes portugueses não é a melhor. São vistos pelos patrões como pessoas trabalhadoras mas também como analfabetos e miseráveis que são capazes de tudo para desesperadamente pagarem os créditos que têm na sua terra.
Pensam que somos todos iguais! Quem se sujeitar a trabalhos, onde não é preciso um curso superior ou profissional terá sempre estes problemas.
Tudo nesta vida é questâo de timing mas também de oportunidade. Até podeis chegar e conseguir um trabalho em menos de uma semana mas o certo é que é preciso que alguém dê uma oportunidade.
Neste momento vejo os franceses (povo que tem a mania que é o melhor da Europa!) a concorrem igualmente a trabalhos não qualificados. Numa vaga para empregado de mesa num restaurante espanhol quem ficou com o trabalho foi um francês que viveu 2 anos no... Equador. LoLoLoL
Ainda no final da semana passada entrei num restaurante bem conhecido de Lausanne onde em 100 m2 trabalham 35 pessoas! Pelo plano de horário contei pelo menos 16 nacionalidades entre chineses, coreanos, portugues, espanhóis, sul-americanos, africanos e de leste!
O primeiro documento que me apresenta é o das regras da casa: tudo o que consumir pago, todas as multas de transito que levar pago, se bater com a viatura pago e mesmo multas por atrasos nas entregas ou na minha assuidade! Todo o bom exemplo vindo de um patrâo... árabe!! :D
Há 4 factores que julgo fundamentais: dominar o idioma, ter boas referências, ter uma autorização de residência e uma boa rede de contactos.
E claro muita força de vontade e uma pontinha de sorte!
5 comentários:
Vou por aqui o oposto à tua história, porque nem tudo é sempre mau.
Estou na suíça desde fevereiro, quando vim trabalhar como au-pair para aprender a falar a língua.
Passados 3 meses fartei-me e resolvi procurar trabalho na minha àrea.
Sou designer gráfico mestrado, e ganhava como uma empregada doméstica em portugal. A bem ou mal, em cerca de 20 dias de procura consegui uma entrevista, e 3 entrevistas depois no mesmo lugar consegui o emprego. Mudei me de Geneva pra Lausanne.
Ganho o suficiente pra pagar 2 profissionais iguais a mim em portugal e isto com o que sobra -depois- de já ter pago todas as despesas.
Sou super mimado no trabalho. Há croissants, café, e até já fui um fds a londres com tudo pago. Ok, é verdade que os patrões são suíços.
Ainda falo mal a língua, desenrasco-me digamos, mas quando comecei a trabalhar lá tinha muita muita dificuldade. sabia o mínimo dos mínimos que me peritiu "passar" nas entrevistas.
Sou muito feliz aqui, e a vida de facto parece um mar de rosas. O meu unico motivo de queixa é o estacionamento em Lausanne. (portanto tenham uma ideia da dimenção dos meus problemas..)
Posso dizer que ter vindo para cá foi a solução de todos os meus problemas, pelo menos até agora. Se calhar eu sou a excepção à regra, mas ter força de vontade, aprender, e evoluir todos os dias tem me mostrado ser muito proveitoso.
É não deixar desistir, e tentar ao máximo.
Boa sorte ;)
Kinesthesia.
Ainda bem Kinesthesia que tiveste a tua oportunidade, espero a curto prazo também a ter porque já mereço!
Mas, como referes a tua função é especializada e há coisas que não dependem apenas de nós por muita força de vontade e esforço que tenhamos.
Não sei se poderá ser destino, conhecer as pessoas erradas mas sem uma oportunidade nada se faz por muito se vá à procura.
Um abraço e obrigado pelo contributo :)
Acredito que o que relatas seja a realidade de muitos, tal como cá também acontece. No entanto haverá também o outro lado da emigração, casos que correm bem. Embora as coisas não estejam fáceis. O meu cunhado pediu transferência de Miami para Lausanne e queixa-se que fazia muito mais vida nos Estados Unidos. A minha cunhada, num mês arranjou emprego numa multinacional na área de Marketing, em Geneve.
Eu aqui não consegui.
Demorei alguns meses e estou numa escola, que não tem nada a ver com a minha área, mas que no entanto foi uma oportunidade que me deu imenso jeito pois permite-me ter tempo para a minha vida familiar.
Conheço portugueses que trabalham 11 h por dia nas limpezas e são super explorados. No entanto ganham £1500 cada um ao final do mês. Se estivessem em Portugal na certa estavam desempregados a viver de rendimentos minimos..
Espero sinceramente que a oportunidade que procuras apareça rapidamente.
Bjinhos
Sim Marshmallow conheço vários casos e ainda bem!
Só não entendo ainda é porque motivo eu não sou um delas :)
Porque é que a vida é mais facilitada para alguns, mesmo quando são maldosos ou vigaristas.
São essas as perguntas que me faço e não tenho resposta.
Vejo casos de pessoas que chegam e em apenas uma semana conseguem emprego na sua área.
Ainda bem, não os invejo mas não tenho oportunidade de trabalho ao nível das minhas capacidades. E os não qualificados só apanho vigaristas, maus colegas e ambiente de trabalho.
Brevemente pretendo tentar uma formação noutra área para complementar e abrir portas.
Obrigado pelo apoio. Beijos
Foi coisa que eu jurei quando sai de Portugal, era nunca mais ter no trabalho nenhum Português acima de mim. E também nenhum espanhol, francês, italiano, de pais de leste, árabe, marroquino, turco, etc.
E at'e agora consegui. 'E triste pensar assim, mas a vida ensinou-me umas coisas.
Cumprimentos da terra das tulipas.
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